Portal do Trânsito desvenda cinco mitos que cercam as infrações leves — e mostra por que elas não podem ser ignoradas.
Você já ouviu alguém dizer que “foi só uma infração leve” como se isso não tivesse importância? Esse tipo de pensamento é mais comum do que parece — e pode ser um dos grandes vilões da segurança viária no Brasil.
Em fevereiro de 2025, o país registrou mais de 6,4 milhões de infrações de trânsito em apenas um mês, segundo o Renainf. Muitas delas são consideradas leves ou médias, mas especialistas alertam: não é o grau da multa que define o perigo, e sim o comportamento por trás dela.
A seguir, desvendamos cinco mitos que cercam as infrações leves — e mostram por que elas não podem ser ignoradas.
1. “Se é leve, não coloca ninguém em risco”
Mito. A classificação leve não significa que a atitude seja segura. Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, explica que muitos comportamentos leves são o começo de um padrão perigoso.
“A lógica do ‘não tem ninguém olhando’ é a mesma que leva alguém a correr demais ou ultrapassar de forma arriscada”, explica.
2. “Só recebo multas leves, então sou um bom motorista”
Mito. Acumular pequenas infrações pode indicar desatenção constante às regras de trânsito. Mesmo sem sinistros de trânsito, esse comportamento contribui para a insegurança nas vias e desrespeita o direito coletivo à mobilidade segura.
3. “A multa foi leve, então não vale a pena recorrer”
Depende. Se você entende que a autuação foi injusta ou incorreta, o recurso é um direito, independentemente da gravidade. Por outro lado, usar o critério de “é só uma multa pequena” como justificativa para não mudar de comportamento é perigoso.
4. “As infrações leves são só um jeito de arrecadar dinheiro”
Mito. Toda infração representa um descumprimento das normas de trânsito. E mesmo as leves têm função educativa. O valor arrecadado, por lei, deveria ser destinado a ações de educação e engenharia de tráfego.
5. “Todo mundo comete infrações leves de vez em quando”
Parcialmente verdadeiro, mas perigoso. A naturalização desses atos reforça a cultura de impunidade informal no trânsito. E quanto mais normalizadas as pequenas infrações, maior a tolerância ao desrespeito — um caminho perigoso que termina em colisões, atropelamentos e tragédias evitáveis.
“Mais do que pontuação na CNH ou valor da multa, o trânsito exige responsabilidade constante. Respeitar as regras — mesmo as mais simples — é proteger vidas”, finaliza Mariano.
Fonte: Portal do Transito | Foto: terovesalainen para Depositphotos
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