Ao contrário do publicado em postagens de redes sociais, a Polícia Rodoviária Federal não apreendeu pneus importados de caminhoneiros nas estradas brasileiras. O material de desinformação utiliza-se de imagens da Operação Rota da Borracha, realizada em 27 de julho com o objetivo de coibir o descaminho (desvio de mercadoria) de pneus de veículos de carga na região de Maringá (PR) para divulgar uma fiscalização que não existiu.
A ação conjunta da PRF com a Receita Federal identificou pelo menos 12 estabelecimentos comerciais para fiscalização no noroeste do Paraná e apreendeu 600 pneus importados. Até maio de 2023, já são mais de R$ 5,36 milhões em pneus apreendidos de acordo com a Receita Federal. Em 2022, foram R$ 12,96 milhões em apreensões desse mesmo tipo.
No caso da Operação Rota da Borracha, empresas transportadoras e motoristas autônomos realizavam fretes da região de Sete Quedas (MS) até Maringá (PR) cobrando valores muito abaixo do preço de mercado, já que o objetivo principal da viagem seria transportar os pneus novos, os quais vinham instalados nos veículos de carga.
Chegando à região de Maringá, os pneus seriam retirados das carretas e supostamente vendidos para os estabelecimentos que são objeto da operação. Para completar o ciclo, estes estabelecimentos vendiam os pneus a preços inferiores aos praticados pelo mercado lícito.
Estima-se que cada um desses pneus chegaria a render R$ 500 de lucro ao transportador, e outros R$ 400 ao estabelecimento que receptava e revendia as mercadorias.
O comércio ilegal de pneus, além de prejudicar as empresas que atuam regularmente no setor, pode trazer risco para o consumidor. Afinal, o produto não passa por controle de qualidade e não é certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Fonte: Blog do Caminhoneiro
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